A saída da maternidade para a creche ocorre de uma maneira abrupta para os leitões e envolve inúmeros fatores estressantes tais como, deixar a companhia da porca, a socialização com um novo grupo de animais, os possíveis desafios sanitários e, principalmente, o tipo de alimento, passando a ingerir exclusivamente ração em substituição ao leite materno. O produtor precisa se ater a todas essas mudanças e fazer o possível para tentar minimizar os efeitos negativos que possam prejudicar o desempenho dos animais.
A mudança nutricional, do líquido para o sólido, eleva a taxa de pH estomacal, aumentando a sobrevivência e a passagem no trato intestinal de bactérias patogênicas ingeridas [01]. Nas primeiras 24 horas após o desmame, também ocorrem alterações funcionais e estruturais no intestino delgado, que compreendem a diminuição na altura dos vilos e redução da atividade específica de enzimas digestivas e absortiva dos leitões [02], dando condições necessárias para a colonização de bactérias residentes ou ingeridas [03], causando as diarreias no pós-desmame. Portanto, para obter um melhor desempenho nesta fase e, consequentemente, ao longo de toda a cadeia produtiva do suíno, é indispensável a adoção de um programa efetivo de alimentação.